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Decidi criar este blogue com o intuito de divulgar uma doença endócrina rara que me afectou, chamada Síndrome/Doença de Cushing, trocar informações sobre a mesma, bem como divulgar as minhas experiências pessoais.

É necessário alertar as pessoas para esta doença silenciosa...

Caso tenham pelo menos 6 sintomas desta doença, alertem o vosso médico.

Gostaria de esclarecer que não tenho competência para diagnosticar a doença de Cushing, pois não sou médica. O melhor profissional para diagnosticar esta doença é o Endócrinologista, ou, como foi no meu caso, um Neurocirurgião com muita experiência.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Meditação, uma atitude mais positiva perante a vida

Como sabem, o cortisol alto está intimamente ligado ao sistema emocional, principalmente ao stress, por isso, acho que a meditação é um bom complemento para ajudar a controlar o níveis de cortisol.

Meditação

A meditação consite num estado em que o seu corpo e mente estão conscientemente relaxados e concentrados.
Os praticantes desta arte têm uma atitude mais positiva perante a vida.
A meditação é usualmente associada a monges e a outras disciplinas espirituais.
Contudo, não é necessário que seja um monge ou um místico para desfrutar dos seus benefícios. Nem sequer precisa de estar num sítio especial para a praticar. Poderá até praticá-la no seu próprio quarto!

Como começar a meditar

Apesar de existirem diferentes visões da meditação, os princípios são os mesmos.
Um dos princípios mais importantes é a remoção de todos os pensamentos obstrutivos, negativos e divagantes e fantasiar, acalmar a mente com o sentido profundo de concentração. Isto limpa a mente e prepara-a para a uma actividade de alta qualidade.
Os pensamentos negativos que se tem (sobre vizinhos barulhentos, colegas de escritório mandões, sobre a multa de estacionamento que se recebeu, e todos os pensamentos indesejados) contribuem para a «poluição» da mente, e desligá-los permite «limpar» a mente para que se possa concentrar em pensamentos mais profundos, significativos e positivos.
Alguns dos praticantes conseguem abstrair-se de todas as recepções sensoriais (sem ver, sem ouvir e sem tocar em nada ) e tentam desligar-se de tudo à sua volta.
Pode-se focar num pensamento profundo, se for este o seu objectivo. Isto pode parecer um pouco ineficaz ao inicio, uma vez que estamos acostumados a ouvir e a ver constantemente, mas com a continuação deste exercício irá ficar mais consciente de tudo o que está à nossa volta.

A escolha da posição para meditar

Se achar-mos as posições de meditação demasiado difíceis (aquelas em que se arqueiam as costas de maneiras impossíveis, e contorções com aspecto doloroso) não precisamos de nos preocupar.
O mais importante é que estejamos numa posição confortável que permita a concentração, seja estarmos sentados de pernas cruzadas, deitados ou até a andar.
Se escolhermos estar sentados ou de pé, as costas devem estar direitas, mas não tensas ou rígidas. Noutras posições, o inconveniente é o perigo de adoptar uma má postura ou adormecer.
Roupas confortáveis e largas irão ajudar imenso no processo, uma vez que as roupas justas têm tendência a apertar e fazer sentir-nos tensos.

O local perfeito para meditar

O local onde se medita deve ter uma atmosfera tranquilizadora.
Pode ser na sala, quarto, ou qualquer sítio onde nos sintamos confortáveis.
O silêncio ajuda a maioria das pessoas a relaxar e a meditar; se for o caso, procure um local calmo e isolado, longe do toque do telefone ou do barulho da máquina de lavar.
A estimulação dos sentidos também pode ajudar, para isso pode-se acender algumas velas aromáticas ou incenso.

Os mantras ou sons místicos na meditação

Aqueles monges que se vê na televisão entoando aqueles cânticos monótonos estão, de facto, a entoar os seus mantras.
Um mantra é, de uma forma simplificada, um pequeno credo, um som simples que, para estes praticantes, tem um valor místico.
Não temos que entoar um mantra; no entanto, é preciso ter em conta que concentrar-mo-nos em acções repetidas como respirar ou sussurrar ajudar-nos-á a atingir um estado elevado de concentração.
O principal é a concentração.
Pode-se também tentar focar num certo objecto ou pensamento, ou até, se mantivermos os olhos abertos, focarmos apenas numa vista.
Um exemplo disto pode ser – mesmo num estado meditativo – dizendo para nós mesmos cada parte do nosso corpo e focando a nossa concentração nessa mesma parte.
Enquanto estivermos a fazer isto, devemos estar conscientes das tensões que podem existir em qualquer parte corpo.
Temos que visualizar mentalmente o alívio desta tensão.

Os riscos da meditação

A meditação é uma prática sem riscos relativos e os seus benefícios valem o esforço (ou o não esforço – relembre-se de que estamos a falar de relaxar).
Os estudos mostram que a meditação traz efeitos psicológicos benéficos para o corpo.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O que é o Sindrome/Doença de Cushing?

O síndrome de Cushing ou hipercortisolismo ou hiperadrenocorticismo é uma desordem endócrina causada por níveis elevados de cortisol (ACTH) no sangue. O cortisol (ACTH) é libertado pela glândula adrenal em resposta à libertação de ACTH na glândula pituitária no cérebro (hipófise). Níveis altos de cortisol (ACTH) também podem ser induzidos pela administração de medicamentos. A doença de Cushing é muito parecida com a sindrome de Cushing, já que todas as manifestações fisiológicas são as mesmas. Ambas a doenças são caracetrizadas por niveis elevados de cortisol no sangue, mas a causa do cortisol elevado difere entre as doenças. A doença de Cushing refere-se especificamente a um tumour na glândula pituitária (hipófise) que, por lançar grandes quantidades de ACTH, estimula uma secreção excessiva de cortisol na glândula adrenal. Já o sindrome de Cushing pode resultar de um tumour das glândula suprarenais (zona do córtex - que produz cortisol) de uma forma que não é controlada pelos mecanismos fisiológicos normais, ex: mecanismo de feedback negativo sobre a hipófise com diminuição da síntese de ACTH (efeito principal de feedback) e sobre o hipotálamo com diminuição da síntese de CRH.

Foi descoberta pelo médico americano Harvey Cushing (1869-1939) e descrita por ele em 1932.

sábado, 31 de dezembro de 2011

O que é o Cortisol?

O cortisol é uma hormona corticosteróide da família dos esteróides, produzido pela parte superior da glândula supra-renal, e está directamente envolvido com o stress.
Na sua forma sintética (hidrocortisona) é um anti-inflamatório usado principalmente no combate às alergias, à artrite reumatóide e a alguns tipos de cancro.
O nome cortisol deriva de córtex.
Tem três acções primárias: estimula tanto a quebra de proteínas, como de gorduras, e providência a metabolização da glicose no fígado.
É considerada a hormona do stress, activa respostas do corpo perante situações de emergência.  O aumento da pressão arterial e do açúcar no sangue potencia a energia muscular.
Ao mesmo tempo, todas as funções relacionadas com a recuperação, renovação e criação de tecidos são paralisadas e o organismo concentra-se em obter energia.
Uma vez que o stress é pontual, superada a questão, os níveis hormonais e o processo fisiológico volta a normalidade, mas quando este se prolonga, os níveis de cortisol no organismo disparam.

A quantidade de cortisol presente no sangue sofre variações ao longo do dia, com os níveis mais altos pela manhã e os níveis mais baixos à noite. As informações sobre o ciclo luz/escuridão são transmitidas da retina para os núcleos supra-quiasmáticos no hipotálomo.
Perante níveis anormais de ACTH, depressão, stress psicológico, stress fisiológico, como a hipoglicémia, febre, trauma, cirurgias, medo, dor, exercícios físicos e temperaturas extremas foram observadas alterações no padrão de secreção de cortisol. 
O padrão de secreção varia de indivíduo para indivíduo, mas tende a  manter-se constante para a mesma pessoa.
O cortisol também inibe a secreção do CRH, resultando em feedback negativo da secreção do ACTH.
Com a libertação normal o cortisol tem diversas acções que procuram restaurar a homoeostase, o equilíbrio interno do organismo, após o stress. Age como um antagonista fisiológico da insulina, por promover a quebra das moléculas decarbohidratos, lipídeos e proteínas, desta maneira mobilizando as reservas energéticas. Isto aumenta a glicémia e a produção de glicogénio pelo figado. Também aumenta a pressão arterial. Adicionalmente, as células inflamatórias e do sistema imunológico têm suas acções atenuadas, levando a uma diminuição da actividade do sistema imunológico como um todo. A osteogenese, formação óssea, também é diminuída pelo cortisol.
Essas funções endógenas são a base das consequências fisiológicas do stress crónico. A secreção crónica de cortisol causa perda muscular e hiperglicémia, além de suprimir as respostas inflamatórias e imunes. As mesmas consequências advêm do uso de medicamentos glicocorticóides por um longo período de tempo.
Além disto, a exposição a longo prazo ao cortisol resulta na danificação das células do hipocampo. Este dano leva à diminuição da capacidade de aprendizagem. Entretanto, a exposição a curto prazo ao cortisol ajuda no processo de criação de memórias.

Do atrás exposto, concluimos que o  cortisol é essencial à vida!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Quais os sintomas do Cushing?

Os sintomas normalmente são:

- Acumulação de gordura no pescoço, preenchendo a região acima da clavícula e das costas (corcunda de búfalo ou giba);
- Obesidade central (abdómen);
- Braços e as pernas magros;
- Pele fina e frágil (aparecimento de hematomas e dificil cicatrização das feridas);
- Estrias de cor avermelhada e violeta (algumas vezes com vários centimetros de largura);
- Rosto vermelho e em forma de lua cheia,
- Manchas castanhas no rosto (tipo pano);
- Tensão alta;
- Diabetes (dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume urinário, aumento do apetite e visão desfocada);
- Osteoporose;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Nervosismo;
- Insónias;
- Depressão;
- Impotência;

Nas mulheres pode surgir:
- Pêlos corporais (face, torax, abdómen, braços e pernas);
- Mudança na voz;
- Queda de cabelo (semelhante à calvicie masculina);
- Alterações menstruais;
- Ovários poliquísticos.

Não é necessário ter todos os sintomas para se diagnosticar a doença.


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cushing Cíclico

Aqui vai a minha primeira postagem para o "Cushing's Awareness Challenge":

O Sindrome de Cushing Cíclico é quando os níveis de cortisol são alternadamente normais e elevados, ocorrendo em epísódios que podem durar de poucos dias a vários meses.
É mais comum em crianças do que em adultos.
O Sindrome de Cushing Cíclico pode  se manifestar como uma das duas diferentes formas de Sindrome de Cushing (ACTH-dependente ou independente).
Clinicamente, o Sindrome de Cushing Ciclico pode se apresentar com um ou muitos sintomas, dependendo da duração da actividade da doença e do tempo das flutuações. Influência serotoninérgica, alterações cíclicas no tónus dopaminérgico central, hemorragia tumoral episódica espontânea e acção de citoquinas com propriedades antitumorais são alguns dos mecanismos sugeridos para explicar a fisiopatologia desse fenómeno, mas o mecanismo exacto permanece obscuro.
O padrão cíclico do hipercortisolismo pode atrasar o diagnóstico final do Sindrome de Cushing e tornar difícil a interpretação dos resultados dos testes dinâmicos.
Alguns pacientes podem ter resposta paradoxal à dexametasona, que pode refletir níveis crescentes ou decrescentes da actividade endógena.
A avaliação hormonal precisa ser repetida periodicamente quando há suspeita do diagnóstico de Sindrome de Cushing Cíclico.
O padrão cíclico pode também interferir com o tratamento médico, já que pacientes podem apresentar sinais clínicos e bioquímicos inesperados de hipocortisolismo quando a secreção de cortisol retorna ciclicamente ao normal, de modo que um acompanhamento acurado é obrigatório nesses pacientes.